terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lançamento de Anchieta Rocha


"Dias de vinho e de chumbo" – terceiro romance do escritor mineiro Anchieta Rocha e editado pela Jaguatirica digital – resgata os tempos da ditadura militar no Brasil para contar a conturbada história de amor dos jovens universitários Martha e Roberto. O cenário é a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, a Fafich, onde o autor cursou Letras e viu nascer o movimento de resistência aos anos de chumbo. "Quando escrevia o livro, a Comissão da Verdade começava a ganhar força. Fiquei contente com a coincidência", comenta Anchieta, que diz esperar que os jovens de hoje compreendam o que a sua geração viveu.

O lançamento de "Dias de vinho e de chumbo" é nesta terça-feira, dia 15 de outubro, na livraria Leitura do BH Shopping, a partir das 20h.

Veja a conversa que tivemos com o escritor:

Por que escolheu a Fafich como cenário do romance? O que a sua juventude tem em comum com a de seus protagonistas?
Na época, eu estudei Letras na Fafich. Esse conjunto de faculdades se envolvia muito com o movimento de resistência da época. A minha juventude tem muito a ver com a dos protagonistas. A grande totalidade dos estudantes da época lutava por um país livre, por justiça social e a favor da volta do país à democracia que fora banida com a ditadura de 64. As minhas experiências pessoais estão mescladas com o cenário da época.

Muitas histórias têm como pano de fundo a ditadura militar e suas consequências. O que você destaca na sua?

Há uma referência, no romance, aos insepultos do regime militar. Na ocasião em que comecei a escrevê-lo, a Comissão da Verdade começava a ganhar força. Fiquei contente com a coincidência.

Como se deu o processo de escrita de "Dias de vinho e de chumbo"?
Eu devo ter gasto mais de dois anos para escrevê-lo. Minha produção de contos antes de me lançar ao romance foi importante, pois o conto contribui de certo modo como um exercício para dosar o ímpeto em estocadas mais longas.

E quanto a seus dois outros romances?
Um deles é a história de amor entre dois adolescentes na década de cinquenta, e o outro, a saga de um universitário que trabalha como motoboy para se manter. Ambos bastante diferentes de "Dias de vinho e de chumbo".

Quais são suas expectativas para este lançamento?
Espero que as pessoas, principalmente os jovens, gostem do meu livro e entendam o que a nossa geração passou. Para que passem às futuras gerações o bastão que, com muita garra, conduzimos durante décadas.

Shahid na Feira do Livro de Frankfurt

Neste sábado, dia 11 de outubro, a agente literária Valéria Martins participa, naFeira do Livro de Frankfurt, da mesa Agenciar autores brasileiros – Os desafios depois de Frankfurt ao lado das também agentes Nicole Witt, Luciana Villas Boas e Marianna Teixeira Soares.


O bate-papo, realizado pela Revista Machado de Assis e com mediação de Lucia Riff, acontece no stand do Brasilentre 16h e 16h40.

Duas vezes Valéria Martins


A semana é de comemorações para a jornalista, escritora e agente literáriaValéria Martins. Perto de lançar A pausa do tempo (Jaguatirica digital), seleção de crônicas de seu blog, Valéria foi citada na revista VEJA por seu trabalho na Shahid com as feiras de livro.

"Há autores que garantem boa parte do seu orçamento com as feiras, ou até vivem delas", avaliou ela, na reportagem desta semana sobre a multiplicação dos eventos literários no país.

Valéria vai autografar A pausa do tempo nesta quarta-feira, dia 18 de setembro, na Academia da Cachaça Leblon, a partir das 19h. Pode chegar depois, a festa vai até tarde. E aos que vão de carro, lá tem estacionamento gratuito.

Vai ser um prazer ter a sua presença. Até lá!